A memória é um negócio estranho demais. Volta e meia, tenho flashes de coisas que não têm nada a ver com o momento ou a situação. Lembro de não usar borracha quando estudava, do sono que sentia quando ficava decorando a tabuada até tarde, e do dia em que Gilberto Gil lançou a música "Madalena" no Fantástico. Lembro da angústia que sentia no domingo à noite, quando passava a "Semana do Presidente" no SBT, enquanto eu separava os livros que levaria no dia seguinte na mochila muito pesada. E a pior tarefa era separar a farda e colocar os cadarços nos tênis lavados.
Lembro da preguiça em levantar da cama cedo, e da minha vó se arrumando pra ir trabalhar com o dia ainda escuro. Do gosto do enrolado da cantina do Arqui, e da água gelada da piscina no primeiro horário. Dos gritos da torcida nos jogos internos, e de chorar sozinha na sala escura da casa de uma prima, com vontade de voltar pra minha. Lembro de como arrumava tudo pra brincar de Barbie, e de como gostava de dançar fazendo as coreografias do É o Tchan com as meninas que moravam no prédio. Uma queda de patins que levei, mesmo estando parada. E do cheiro incrível que tinha o cara que era o sonho de consumo de toda a vizinhança, e da fita do Offspring no carro dele. E do agasalho colorido com mangas removíveis do primeiro menino por quem me apaixonei.
Lembro dos trabalhos que apresentei, dos micos que paguei, das maluquices que fiz nos tempos de colégio. Das excursões de Geografia, das feiras de Ciências, de Jackie Tequila tocando sem parar no som. E das longas caminhadas meio-dia até o shopping, pra comer esfihas fechadas de ricota e tomar água de coco. Das tardes na sorveteria, sem preocupação nenhuma, fofocando e dando risada. Dos simulados de sexta-feira, e das arguições sobre a tabela periódica. Das histórias engraçadíssimas que o professor de Física contava. De tomar banho ouvindo Legião Urbana, com dor de cotovelo. E de um cidadão adorável com uma camisa de time de futebol que já fazia parte dele (e de sempre comentar que ele não tinha cava no pé). Do DJ expulsando as pessoas da boite 5 horas da manhã com a música na maior altura, e de encontrar um vizinho bonitinho indo trabalhar enquanto eu chegava despenteada com as sandálias na mão.
E por aí vão os pensamentos sem sentido, que aparecem só pra arrancar um sorrisinho e deixar um gosto de saudade. E, claro, pra provar que a minha memória é melhor do que se imagina.
Lembro da preguiça em levantar da cama cedo, e da minha vó se arrumando pra ir trabalhar com o dia ainda escuro. Do gosto do enrolado da cantina do Arqui, e da água gelada da piscina no primeiro horário. Dos gritos da torcida nos jogos internos, e de chorar sozinha na sala escura da casa de uma prima, com vontade de voltar pra minha. Lembro de como arrumava tudo pra brincar de Barbie, e de como gostava de dançar fazendo as coreografias do É o Tchan com as meninas que moravam no prédio. Uma queda de patins que levei, mesmo estando parada. E do cheiro incrível que tinha o cara que era o sonho de consumo de toda a vizinhança, e da fita do Offspring no carro dele. E do agasalho colorido com mangas removíveis do primeiro menino por quem me apaixonei.
Lembro dos trabalhos que apresentei, dos micos que paguei, das maluquices que fiz nos tempos de colégio. Das excursões de Geografia, das feiras de Ciências, de Jackie Tequila tocando sem parar no som. E das longas caminhadas meio-dia até o shopping, pra comer esfihas fechadas de ricota e tomar água de coco. Das tardes na sorveteria, sem preocupação nenhuma, fofocando e dando risada. Dos simulados de sexta-feira, e das arguições sobre a tabela periódica. Das histórias engraçadíssimas que o professor de Física contava. De tomar banho ouvindo Legião Urbana, com dor de cotovelo. E de um cidadão adorável com uma camisa de time de futebol que já fazia parte dele (e de sempre comentar que ele não tinha cava no pé). Do DJ expulsando as pessoas da boite 5 horas da manhã com a música na maior altura, e de encontrar um vizinho bonitinho indo trabalhar enquanto eu chegava despenteada com as sandálias na mão.
E por aí vão os pensamentos sem sentido, que aparecem só pra arrancar um sorrisinho e deixar um gosto de saudade. E, claro, pra provar que a minha memória é melhor do que se imagina.
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