domingo, 30 de novembro de 2008

As enchentes em Santa Catarina

Não se fala em outra coisa. Internet, televisão, jornais, revistas, mesas de bar, todo mundo fala do flagelo catarinense. Uma catástrofe, de fato. Não dá pra ter idéia de como é perder tudo que se tem. Com quem é que se reclama da chuva que de repente destrói a vida que você construiu? Realmente, é uma situação triste. Ainda bem que há a solidariedade. Tenho visto blogueiros fazendo campanha, empresas fazendo doações, trabalhadores doando parte do 13º salário pra aliviar a situação de quem foi atingido pela catástrofe. Acho digno, acho lindo, nobre e tudo mais. No meu Orkut um monte de gente fazendo campanha pelos flagelados da cheia.
Oi, nós estamos no Nordeste, lembra? Sim, a região com os índices mais altos de analfabetismo, fome, desemprego, mortalidade infantil etc., etc., etc.. Estamos em Sergipe, e você sabia que nas duas últimas semanas nove municípios já decretaram estado de emergência? A estiagem já está castigando os sertanejos. Eu não sei se você já viu o chão rachar de tão seco. Eu já vi. E lembro que foi um soco no estômago ver na estrada um monte de meninos magros e descalços com canequinhas de alumínio nas mãos pedindo aos carros que parassem. Dinheiro? Não, eles pediam água. "Ou um resto de comida", se você não tivesse água pra dar.
Eu sei que a seca é de total interesse dos políticos. Aliás, você conhece alguma ONG que trabalhe o ano inteiro em prol dos flagelados da seca?
Sei também que o dinheiro tem o destino que o dono bem entender. E se você quer doar ao Fundo Estadual de Defesa Civil (Banco do Brasil, Ag. 3582-3, C/C 80.000-7), doe! Doe, porque faz bem. O que me deixa triste é saber que é mais fácil doar pra gente que está a milhares de Km daqui, porque se você quiser ajudar aos sertanejos, desculpe, mas eu não sei em que conta você pode depositar seu dinheiro.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Akinator

Eu lembro que na época do lançamento do filme A.I. - Inteligência Artificial, de Spielberg, fez o maior sucesso o site do filme, que tinha um espaço para você digitar perguntas, que eram prontamente respondidas epla inteligência articicial do site. Na época, era impressionante, você perguntava qualquer coisa e a máquina respondia quase sempre corretamente. Depois, surgiram os msn's inteligentes, é só adicionar e conversar à vontade, as máquinas sabem conduzir uma conversa quase que com perfeição.
Eis que hoje, anos e anos depois, eu vejo um tal Akinator me impressionar. Akinator é o gênio da web, e seja lá quem for o responsável pela criação deste gênio, realmente se dedicou pra fazer um negócio bem-elaborado. Pense em quem você quiser, responda às perguntas que ele lhe faz, e deixe que ele "adivinhe" em quem você pensou. Pode começar pelo básico, pensando em Madonna, Angelina Jolie, Barack Obama... mas pode ir mais longe, e pensar em Netinho (sim, o da Bahia), Lucas Lima (é, o marido de Sandy), Milene Domingues (a mãe do filho de Ronaldo, sabe?) etc. Jogue umas 10 vezes e veja quantas Akinator erra. Já aviso que ele erra pouco, muito pouco. A quantidade de informações que o banco de dados dele tem deve ser absurda, porque, né... Lucas Lima, minha gente?
Claro que às vezes ele erra, mas humildemente assume a derrota e propõe um novo desafio. Meu novo passatempo é fazer Akinator errar. Tente você também: http://en.akinator.com/

sábado, 15 de novembro de 2008

Seu problema é você

Você está aí porque quer. As coisas não nos acontecem, simplesmente. Nós é que fazemos com que as coisas nos aconteçam. Claro que às vezes isso é inconsciente, mas se você for analisar direitinho, absolutamente nada lhe aconteceu por acaso. Seus amigos são pessoas que você cativou, seus inimigos são pessoas que não conseguem lhe admirar, ou pessoas a quem você magoou, fez mal ou ofendeu algum dia. Aquela história de só colher o que se planta só se tornou clichê porque cansou de se repetir.
Você não precisa ser muito inteligente pra perceber isso. Precisa só prestar atenção. Portanto, preste atenção no que eu vou falar, porque não sei se terei paciência de dizer novamente:
Pare de bancar a vítima. Nesse caso não adianta ficar parado, como se estivesse esperando que lhe ajudem. Você não quer ajuda. O que você quer é outra coisa. É fazer a sua própria realidade, é fazer o mundo do jeito que lhe é conveniente.
Seu problema é só você. Seu problema é não saber escolher as coisas. Você não sabe escolher o que vestir, nem com quem se relacionar. Também não sabe escolher o que dizer a quem se preocupa com você, aí usa poucas palavras. Poucas e erradas. Você nunca pensou em melhorar, nunca tentou procurar o seu próprio valor. Então, fez o que era mais fácil, escolheu viver cheio de coisas e pessoas de muito menos valor. Assim você é sempre o melhor. Não é o certo, mas faz sentido. Pra quem quer pouco da vida.

Isto não foi escrito para você que está lendo agora... mas não deixe que isso lhe aconteça também. Queira sempre o melhor. Mesmo que esteja longe, que seja difícil. Não se deixe misturar com gente que não vale a pena. Não seja como quem anda com gente mais feia só pra se destacar como se fosse bonito. Um dia vão perceber a sua estratégia. E vão escrever sobre isso num blog qualquer.

Para ler ouvindo:
Paulinho Moska - A seta e o alvo

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obama

O primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América. Um homem disposto a recuperar uma potência econômica que foi bagunçada por um vaqueiro maluco, que passou 8 anos sem saber o que fazer com tanto poder, e - como é comum acontecer quando não se sabe o que fazer - só fez besteira. Barack Obama, um democrata. Um democrata negro, filho de um queniano, que levou às urnas milhões de americanos esperançosos. Um povo que não é obrigado a votar. E nem sempre a urna dos ianques é eletrônica. Mas eles fizeram filas. Filas enormes, e cheias de idosos, deficientes, estrangeiros naturalizados americanos, e artistas, que se envolvem em política não pelo cachê, mas por ideologia. Esse povo escolheu Obama. Logo os americanos, aqueles que não aprenderam a comer direito, e fazem piadinhas sem graça quase sempre. Eu disse quase.