segunda-feira, 2 de março de 2009

O homem, o gênio, o mito.


Pode anotar aí, não existirá na história da televisão alguém como Sílvio Santos. Quando eu era pequena, lá estava ele todo domingo em sua maratona de programas... Porta da Esperança, Roletrando, e o meu favorito, Topa Tudo por Dinheiro. E eu adorava aquele monte de bobagens, adorava. Depois, em minha fase tonta "aborrecente", achei que SS era brega, programa de velha, e deixei de assistir. Já adulta, voltei a simpatizar com o homem do baú, mas tinha um problema, ele não estava mais no ar. Até que um dia, ele teve a brilhante idéia de voltar a gravar, e reassumiu o domingo que nunca deveria ter deixado de lado. Gugu, Eliana e Faustão são terríveis, ai de quem não tem tv a cabo pra escapar desse sofrível trio. Agora o Programa Sílvio Santos toma a tarde inteira do SBT, e me salvou das horas mais tediosas da semana. Sílvio Santos é simpático, e tem um carisma difícil de ser encontrado em outros apresentadores. Ele está sempre penteado e elegante, e sua platéia é formada por mulheres de todas as faixas etárias, todas das "Vilas" e "Jardins" de São Paulo, são todas mulheres suburbanas, que muito mal sabem combinar a roupa com os acessórios, ou escolher uma cor de cabelo decente. E é no meio dessas mulheres que o milionário Sílvio passa boa parte do programa, interagindo com todas, chamando-as desde sempre de "minhas colegas de trabalho". Esse poder de aproximação é o que mais me encanta nele, que nunca precisou levar gente pra chorar no palco contando uma história triste pra depois dizer que tal loja doou móveis, tal empresa doou cestas básicas, e o problema da pessoa está resolvido.
Senor Abravanel, que adotou um nome simples, com o sobrenome mais comum de todos, esse é o cara. Ele me diverte, juro. É o primeiro a debochar da falta de organização da própria emissora, avacalha a novela da esposa, só faz merchandising de seus outros empreendimentos e faz questão de ser gaiato com todos os convidados. O programa tem as mesmas brincadeiras da década de 80, mostra as mesmas câmeras escondidas com Ivo Holanda invariavelmente apanhando, e incluiu coisas que já existiram, como por exemplo as "gincanas", que nada mais são que as provas que um dia fizeram sucesso como "Olimpíadas do Faustão", e depois viraram uma chatice sem tamanho. Só mesmo SS pra ir buscar tudo isso no passado e trazer de volta fazendo sucesso. Mas nós não estamos falando de um comunicador qualquer, estamos falando do homem que fez de Chaves um fenômeno.
E o melhor de tudo, é que fica muito claro para os telespectadores que ele se diverte fazendo o programa. É um fanfarrão, o bom e velho Sílvio, que além de um humor fantástico, aos 78 anos ainda joga seus aviõezinhos de notas de 100 reais de cima das cadeiras do auditório, e sobe com tanta facilidade que nem usa as mãos pra ajudar. Desconfio que ele está seguindo os conselhos da Turma do Chaves.

Um comentário:

Murillo disse...

tia este final de semana assisti, foi muito engraçado mas, muito repetitivo. Ele saiu da posição dele e foi girar as letras e deixou a modelo no lugar dele, óbvio q ele pediu a ajuda de roque.