terça-feira, 26 de junho de 2012
Sobre deixar ir
Agora que eu não te amo mais é que te amo mesmo. Antes esperava algo em troca. Algo que nunca veio, e eu de certa forma sabia que não viria mesmo, mas o tal do amor sempre arruma um jeitinho de iludir. Aquele amor que rasgava o peito e dava frio na barriga passou, e eu simplesmente deixei que ele fosse embora. Passou e você não sentiu. Depois disso já vieram melhores, e nem por isso te esqueci; já vieram piores, e nem por isso quis você de volta. Que sensação libertadora essa de não ter que provar nada. E que delícia é receber sem esperar. Com inéditos e intensos abraços apertados de saudade. Com a certeza de que aquele amor bruto foi lapidado pelo tempo, virou um amor nobre, caro e raro, que reluz respeito e carinho. Virou amizade, que não por acaso, rima com liberdade.
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