Algumas pessoas chegam em nossa vida simplesmente pra fazer figuração, outras pra fazer companhia, pra dar risada, dar a mão quando precisamos... e umas poucas chegam pra ensinar. E eu não estou falando daquelas pessoas que sempre têm uma opinião formada sobre tudo, desde o acasalamento de chinchilas até as regras de conduta da NASA. Tô falando de gente que nos ensina as coisas sem perceber.
Hoje estive comprando coisas para o aniversário do meu afilhado. Balas, jujubas, pirulitos e essas besteirinhas. Na saída da loja, um menino me pediu pra comprar um "ventinho" pra ele, porque era só R$1,10. O "ventinho" era um catavento com umas bolinhas doces dentro. Eu disse que ficaria pra próxima. E o menino ficou lá na porta da loja, olhando aqueles doces todos. E menos de 30 segundos depois, eu voltei, chamei o menino pra escolher o tal ventinho da cor que ele quisesse. Ele escolheu o vermelho, e ficou todo felizinho. "Tá bom? Quer mais alguma coisa?". Ele não quis. Agradeceu pelo ventinho e foi se juntar à mãe, que pedia trocados pra uma filha deficiente, numa cadeira de rodas.
Por muito tempo convivi com alguém que age assim sem precisar dos 30 segundos pra consciência pesar. Até porque ele não faz por peso na consciência. Faz porque é assim e pronto. Porque acha que dar parte do que tem é um jeito de agradecer, é um jeito de acertar as contas com a vida. Alguém que onde quer que esteja, vendo uma criança pela rua, dá um pacote de biscoito, uma pizza, um churrasquinho, um McLanche Feliz. E dá atenção, conversa pra saber o que aconteceu pra ela estar na rua. Alguém que desde que começou a trabalhar, abriu mão de comemorar o aniversário no dia em que nasceu, porque é o dia das crianças. Aí aproveita que é feriado, e vai passar o dia num setor de oncologia infantil qualquer. E volta pra casa cheio de desenhos em giz de cera, que são guardados ano a ano. A festa de aniversário fica pra qualquer dia de qualquer mês. Tão bonito, isso, e tão verdadeiro.
Hoje eu lembrei dele. Saindo com uma sacola cheia de doces pra um menino que já tem tanta coisa, como é que eu podia negar umas bolinhas de açúcar a um outro que com seus 7 ou 8 anos, estava numa calçada no comércio, num calor infernal, ao lado de uma mãe pedinte e uma irmã deficiente? Um pinguinho de doçura sempre faz bem, e sabe-se lá como é amarga a vida deles...
Eu sei que ele vai ler isso, e vai ficar sabendo que pode estar longe como for, mas o melhor dele permanece aqui.
Hoje estive comprando coisas para o aniversário do meu afilhado. Balas, jujubas, pirulitos e essas besteirinhas. Na saída da loja, um menino me pediu pra comprar um "ventinho" pra ele, porque era só R$1,10. O "ventinho" era um catavento com umas bolinhas doces dentro. Eu disse que ficaria pra próxima. E o menino ficou lá na porta da loja, olhando aqueles doces todos. E menos de 30 segundos depois, eu voltei, chamei o menino pra escolher o tal ventinho da cor que ele quisesse. Ele escolheu o vermelho, e ficou todo felizinho. "Tá bom? Quer mais alguma coisa?". Ele não quis. Agradeceu pelo ventinho e foi se juntar à mãe, que pedia trocados pra uma filha deficiente, numa cadeira de rodas.
Por muito tempo convivi com alguém que age assim sem precisar dos 30 segundos pra consciência pesar. Até porque ele não faz por peso na consciência. Faz porque é assim e pronto. Porque acha que dar parte do que tem é um jeito de agradecer, é um jeito de acertar as contas com a vida. Alguém que onde quer que esteja, vendo uma criança pela rua, dá um pacote de biscoito, uma pizza, um churrasquinho, um McLanche Feliz. E dá atenção, conversa pra saber o que aconteceu pra ela estar na rua. Alguém que desde que começou a trabalhar, abriu mão de comemorar o aniversário no dia em que nasceu, porque é o dia das crianças. Aí aproveita que é feriado, e vai passar o dia num setor de oncologia infantil qualquer. E volta pra casa cheio de desenhos em giz de cera, que são guardados ano a ano. A festa de aniversário fica pra qualquer dia de qualquer mês. Tão bonito, isso, e tão verdadeiro.
Hoje eu lembrei dele. Saindo com uma sacola cheia de doces pra um menino que já tem tanta coisa, como é que eu podia negar umas bolinhas de açúcar a um outro que com seus 7 ou 8 anos, estava numa calçada no comércio, num calor infernal, ao lado de uma mãe pedinte e uma irmã deficiente? Um pinguinho de doçura sempre faz bem, e sabe-se lá como é amarga a vida deles...
Eu sei que ele vai ler isso, e vai ficar sabendo que pode estar longe como for, mas o melhor dele permanece aqui.
4 comentários:
É, menina. Meu ídolo n° 2, esse rapaz. Atééééé que enfim, ele merece !
Merece mesmo.
Pronto, fã-clube?
num sei quem é, mas merece.
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