domingo, 30 de dezembro de 2012
Feliz Novo Fôlego
Pra 2013, desejo saúde, sossego, respeito e vontade sincera de fazer o melhor.
Desejo coerência, paciência e discernimento. E a capacidade de entender, relevar, e sempre que possível, esquecer. Humildade pra voltar atrás, pra pedir desculpas e tentar consertar os erros. Falar muito menos, ouvir bem mais. Sabedoria e serenidade pra lidar com a raiva, as decepções, mágoas e os sentimentos que possam fazer mal, aos outros e a mim. Força de vontade pra manter o foco. Coragem pra arriscar. Generosidade pra fazer sem esperar recompensa. E no caso de não conseguir ajudar, nunca atrapalhar.
Desejo pra mim e pra você, mais que qualquer coisa, boa vontade e disposição pra fazer tudo isso acontecer. :)
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
2012, noves fora
Coisa boa é olhar pra trás e não ter aresta pra aparar com ninguém. Ficou tudo muito bem resolvido nesse 2012 em que eu aprendi a falar menos, machucar menos, e assim, errar menos. Os amigos são poucos, aqueles mesmos de sempre, aqueles que vão me fazer sair virada na pantera pra defender qualquer causa deles. ♥ Ao meu redor, muita gente boa que me ajuda em tudo, ô sorte, que eu tenho. Os desafios foram novos, e o aprendizado tá só começando. Muita gente boa apareceu, cumpriu seu papel em minha vida, e passou. Aprendi de vez que não dá pra tentar fazer as pessoas ficarem só porque eu quero, elas é que precisam querer. Tô tendo boa vontade pra exercitar a paciência, e às vezes eu até tento gostar mais de gente. Não é uma tarefa fácil. Aprendi a esperar muito menos dos outros. E o mais importante: tenho tentado agradecer mais que reclamar. E entre erros e acertos, decepções e surpresas, o ano termina com saldo bem positivo. Quem diria, né? :)
domingo, 18 de novembro de 2012
Tempo Rei
Depois da quinta ou sexta dose, ele tira os sapatos, estica as pernas no colo dela, e esperando por uma massagem, conta como as coisas mudaram. Fala dos novos compromissos, do jeito diferente de encarar as coisas, das experiências recentes, dos próximos projetos. Entre uma risada e outra, passa a mão no cabelo que já começa a ficar branco. Mas nada denuncia tanto a passagem do tempo, quanto a massagem nos pés, que nunca chegou.
Obrigada, de nada.
E lá estava eu à deriva, depois de uma tempestade emocional, tentando não pensar, pra evitar sentir dor, saudade, amor, ou qualquer outra coisa. Estava ali, usando meu tempo e minha cabeça pra racionalizar. Por mim e pelos outros. Estava, mas veio você, devagar, mas sempre. E permaneceu. Pegou pela mão, me levou pra um lugar confortável pra nós dois. Acostumou. Acostumei. Misturamos tudo, misturamos muito. Encaixamos. De um jeito assustador, a coisa deu certo. Até que um dia a sua necessidade não combinou com a minha vontade, acabou o seu conforto. Deu um tchau sem dor, raiva ou mágoa, e foi buscar o que era melhor pra você. Ninguém ficou devendo nada. Seguimos. Sigamos.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Dois do mesmo
Somos uma equipe. Hoje isso ficou claro, tive que pedir pra você me dizer o que eu havia lhe dito há 5 minutos. O mesmo humor todos os dias, na mesma situação, agora. É a sensação de conversar comigo o tempo inteiro. E o alívio de pensar e falar qualquer coisa, sem medir ou repensar. O conforto do abraço inteiro, intenso. O entendimento mudo, o olhar que fala. E a certeza de que os iguais vão sempre se reconhecer. Ainda bem.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Sobre deixar ir
Agora que eu não te amo mais é que te amo mesmo. Antes esperava algo em troca. Algo que nunca veio, e eu de certa forma sabia que não viria mesmo, mas o tal do amor sempre arruma um jeitinho de iludir. Aquele amor que rasgava o peito e dava frio na barriga passou, e eu simplesmente deixei que ele fosse embora. Passou e você não sentiu. Depois disso já vieram melhores, e nem por isso te esqueci; já vieram piores, e nem por isso quis você de volta. Que sensação libertadora essa de não ter que provar nada. E que delícia é receber sem esperar. Com inéditos e intensos abraços apertados de saudade. Com a certeza de que aquele amor bruto foi lapidado pelo tempo, virou um amor nobre, caro e raro, que reluz respeito e carinho. Virou amizade, que não por acaso, rima com liberdade.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Deixe estar
Quero que você fique. Não por minha vontade, mas pela sua. Por mim, você ficaria pra sempre, mas quero que
fique o quanto quiser. Só enquanto quiser. Que goste e veja vantagem. Sem
compromisso nem obrigação, só porque acha bom. E se diverte tanto quanto eu. Por
não ver problema no meu jeito pouco ortodoxo. Quero
que você fique pra brigar e esquecer meia hora depois. Pra reclamar que eu como
pouco e durmo ainda menos, pra não entender quando eu falo rápido e sempre me
pedir pra repetir. Fique porque eu gosto e você sabe demais. Pra virar do avesso. Pra me dar orgulho,
pra me dar saudade, pra contar novidades com empolgação de criança. Fique pra
me fazer acreditar que certas coisas foram feitas pra dar certo e pronto. Sem
quando, como e onde. Fique por achar que é pra ser assim. Sem garantia nem
promessa, apenas fique.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Saudade: substantivo atemporal
Mais um dia 7 de junho. Você não está aqui pra fazer 22 anos, não há o que comemorar, hoje quem faz aniversário é a saudade. Parei pra ler o que te escrevi em 2011 e vi que tanto faz o ano, as palavras se repetem. É sempre você fazendo falta, e o medo de não conseguir mais lembrar da sua voz, que me aperta o coração sempre que vejo sua foto ao lado da cama. Já faz muito tempo, e acho que nunca vou me acostumar. Essa saudade que ficou no seu lugar já tem 9 anos e vai me fazer chorar sempre, não tem jeito. Inclusive agora... e no ano que vem, quando eu for reler isso.
domingo, 3 de junho de 2012
Insomnia
Quando você dorme pouco, tudo o que pensa é que poderia ter dormido mais, e esquece que poderia ter dormido menos. E quando dorme cada vez menos, começa a perder a hora, depois, a noção do tempo. Dia e noite se misturam tanto que fica difícil ter certeza se é pesadelo ou a vida indo mal. Também não dá pra dizer se é sonho ou felicidade mesmo. Essa é a parte boa... ainda bem que existe uma.
Bilhete
Quando a gente se conheceu, tinha calor demais, e você tava num mau humor de dar medo. Sinceramente eu só lembro disso e da minha saia. Sei lá o que a gente conversou. Depois, sua mochila, minha meia arrastão, um CD que não sei onde foi parar, um papo bom, seus pedidos de desculpas, uma música linda, meu cheiro em você, e só. Um Ray-Ban, muriçocas, futebol, outra vez seu mau humor, a praia, outra vez meu cheiro em você. E tantas vezes isso, que hoje o cheiro que gosto em você é o meu. Não me leve a mal, mas tô indo embora enquanto você dorme, e ainda vou levar seu desodorante. Pra usar junto com meu perfume toda vez que eu sentir saudade da sua cama.
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