Morei por muitos anos num mesmo edifício. Na parede entre as portas dos apartamentos, tinha um botãozinho pra acender a luz por 30 segundos, enquanto se esperava o elevador. Assim que eu abria a porta de casa, a mão ia certeira no tal botão. Um dia a tecnologia chegou, e instalaram um sensor de movimento, era só chegar perto do elevador pra luz acender. Mas não tinha jeito, eu nunca consegui deixar de apertar o botão, que continuava na parede, embora não funcionasse mais.
Depois, passei a morar em outro prédio, onde as luzes do corredor ficam sempre acesas a partir das 17h. Só que às vezes o zelador se atrasa um pouco, e sempre que o corredor fica escuro, eu me vejo passando a mão onde deveria ter um botão. Até um rato numa caixa de Skinner já teria percebido que não existe mais botão nenhum. Mas eu insisto em tentar acender a luz.
O costume é mesmo uma coisa incrível. Às vezes você acha que tem saudade de alguém, mas nem tem. É só o costume da convivência. Talvez você nem goste mais tanto assim daquela pessoa, ou nem tenha mais tanta raiva daquela outra... talvez seja só o hábito de conservar esses sentimentos.
E quem é que pára pra reavaliar seus velhos hábitos?
Eu prometo que vou tentar. Mas só da próxima vez que o zelador se atrasar.
:)
2 comentários:
Prometo que vou reavaliar meus hábitos, viu? Mas o "adoooooooro!" eu n deixo nunca.. rs!
:-********
POxa amiga...+ uma vez vc me fez para e pensar!!!
Vou reavaliar meus hábitos...e vai ser agora. :)
Bjooo
Postar um comentário