domingo, 4 de janeiro de 2009

Nossa (Nova) Língua Portuguesa

A gente passa anos estudando Português. E a vida inteira falando em Português. E ainda assim, quase ninguém domina a língua. Do "pra mim fazer" ao "eu tinha falo", todo dia se vê um festival de erros, não só por falta de leitura, mas também porque ô língua difícil! É regra demais pra decorar. Sem falar quando não existe regra... se mão, limão e alemão terminam em "ão", porque os plurais são mãos, limões e alemães? Se pescoço e poço terminam em "oço", porque a pronúncia dos plurais é diferente? E haja memória pra decorar concordância, regência, verbos, pontuação, acentuação etc., etc., etc..
Como se não bastasse tudo isso, inventam de unificar a Língua Portuguesa. Tá formado o samba do crioulo doido. E quem já não hesitava na hora de usar ou não o hífen, agora precisa procurar um novo dicionário antes. Quando é que vamos nos acostumar com as jiboias, voos, ideias e enjoos, como se nosso teclado estivesse quebrado? Nem tão cedo, porque a gente escreve assim sem acento, e o Word manda corrigir, o Firefox também. E o pára-quedas, que era pra evitar as quedas, agora e paraquedas, que pra mim parece ter exatamente o sentido contrário de sua função. Paraquedas é para cair. Que hífens permanecem? Além de micro-ondas, onde mais ele vai? Vamos ter que adivinhar? Ou decorar todas as palavras, como decorávamos a tabuada na 1ª série?
Achei péssimo, isso, e acho que serei como o pessoal alfabetizado antes da outra reforma, que até hoje escreve "mêses" e "surprêsa". E eu que pensava que as reformas serviam pra melhorar as coisas....

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