Recentemente vi o comercial de um carro - acho que do Palio - em que um rapaz diz que quer se separar de sua alma, porque o corpo dele quer uma coisa, e a alma quer outra, no fim, como era de se esperar, eles concordam na escolha do automóvel. Estou num momento tão parecido... o que é que a gente faz quando a cabeça quer uma coisa, o coração quer o extremo oposto? As escolhas racionais sempre me agradaram mais. Gosto de calcular os riscos, e agir com parcimônia, tendo sempre a possibilidade de mudar de caminho se percebo que aquele não dará certo. Por isso, meu coração sempre esteve preso e acorrentado num porão escuro e úmido. Mas sabe-se lá por ordem de quem, um dia ele se libertou dos grilhões e resolveu que também ia se meter nas minhas decisões. Aí já viu, né? Razão de um lado, emoção do outro, e eu no fogo cruzado. Acho que por enquanto, o melhor a fazer é ficar quieta, esperando que um dia elas concordem em alguma coisa.
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