domingo, 12 de julho de 2009
E agora?
Estou simplesmente apavorada pela falta do que escrever aqui. Eu poderia falar sobre Michael Jackson, que acredito, só deixará de ser o assunto do momento depois que finalmente for enterrado (será?). Mas fale a verdade, você ainda aguenta ler sobre isso? Nem eu. A morte da travesti que saiu com Ronaldo também seria uma opção, e aqui estaria eu falando sobre o fato de nenhum meio de comunicação ter usado o termo "AIDS", dando preferência a "Síndrome da Imunodeficiência Adquirida", pra o público "Homer Simpson" achar que ela morreu de uma doença rara, e nunca ligar o fenômeno ao vírus HIV. Mas isso você já viu também. Ah, tem a polêmica sobre o diploma dos jornalistas, mas como eu sou a favor disso, provavelmente não seria um tema muito bem aceito... esqueça. Sim, eu poderia falar sobre a overdose de Roberto Carlos e sua risadinha tradicional na Rede Globo, mas eu me emocionei duas vezes vendo o show ontem, então perdi a moral pra falar do Rei e de sua perna mecânica. Então, esgotadas as óbvias possibilidades iniciais, estou sem assunto. Por enquanto, espero.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Coisas da Lua Cheia
São 2h da manhã. Ontem foi um dia especialmente estressante e cansativo, e às 21h eu já estava caindo pelas tabelas de sono.... e foi aí que começou o meu problema. Fui conferir no calendário só pra ter certeza, mas tinha que ser lua cheia. Assim como marés e loucos (não citarei bruxas e lobisomens porque já passei dos 9 anos), eu sinto essa influência. Sem poesia, sem brincadeira. Conviva comigo pra ver, depois de um tempo, você também saberá quando é lua cheia sem precisar consultar a tábua lunar. O que costumam chamar de hiperatividade no meu comportamento é fichinha perto do excesso de pensamentos da minha fase lunática. Entenda, são 2h da manhã e desde as 21h eu bocejo, quero e preciso dormir. Já já preciso acordar pra mais um dia complicado, e nessas 5 horas de tentativa, todos os pensamentos do mundo me ocorreram ao mesmo tempo. O tempo, a crise, a seca, a política, dores de amor, problemas dos amigos, pendências no trabalho, a conta do cartão de crédito, lembranças das coisas boas, as tarefas do dia, o Hino da Bandeira, a senha de um e-mail que eu não uso mais, os sobrenomes dos meus colegas do 3º ano, os finais de filmes que eu nem lembrava de ter assistido... e todos os outros pensamentos do mundo. Ao mesmo tempo. E ouvindo as batidas do meu coração. Mais uma vez, sem poesia. E como se fosse um botão de liga/desliga, o humor varia sem limites entre a paixão e a fúria. Num piscar de olhos. Esperava uma ligação, não recebi: fúria. Mas outra pessoa me ligou inesperadamente: paixão. Acaba o telefonema, o outro não ligou nem vai ligar: fúria. Mas deve haver um bom motivo: paixão. Ou não: fúria. E assim sucessivamente. A noite inteira.
São 2h da manhã e eu tenho que dormir. Uma lua que nem vi ainda me atrapalha. E as nuvens pesadas de chuva em sua frente, não diminuem em nada o desassossego que ela me causa.
Definitivamente, isso não é nada poético.
São 2h da manhã e eu tenho que dormir. Uma lua que nem vi ainda me atrapalha. E as nuvens pesadas de chuva em sua frente, não diminuem em nada o desassossego que ela me causa.
Definitivamente, isso não é nada poético.
terça-feira, 30 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
Consideração
Isso não tem nada a ver com amizade, parentesco ou sei lá o quê. Consideração é simplesmente uma espécie de respeito que se tem por todo aquele que faz parte da sua vida. Seja como for. Os inimigos, por exemplo, merecem o mínimo de consideração, afinal, eles gastam parte do tempo deles pensando em como nos prejudicar, querendo ou não, é um tipo de dedicação, e o mínimo que você pode fazer é prestar mais atenção, e tomar cuidado pra que os planos deles não deem certo. Estou falando nisso porque a falta desse respeito me chateia muito - e agora não estou me referindo a inimigos. Incrível como tem gente que não conhece nem o básico. Marcou uma coisa e não pode ir? Então avise, e de preferência peça desculpas. Desculpas decentes. Prometeu e não cumpriu? Tente dar um jeito. E por favor, procure não fazer novamente... com o tempo isso cansa, sabe?
quinta-feira, 14 de maio de 2009
"Hoje...
... é um novo dia, de um novo tempo que começou".
O que foi bom, passou. Que fique na memória, então.
O que está bem, sinta-se à vontade pra ficar.
O resto, por favor, vá embora agora, preciso de espaço livre...
Porque o melhor está por vir.
E será muito bem-vindo!
O que foi bom, passou. Que fique na memória, então.
O que está bem, sinta-se à vontade pra ficar.
O resto, por favor, vá embora agora, preciso de espaço livre...
Porque o melhor está por vir.
E será muito bem-vindo!
terça-feira, 5 de maio de 2009
Tempo
Falta pra fazer o que quero
Sobra pra o que não gosto.
Corre quando preciso que pare,
E passa lento quando tem que voar.
Ele não me obedece, então larguei.
Agora seja como tiver que ser.
Sobra pra o que não gosto.
Corre quando preciso que pare,
E passa lento quando tem que voar.
Ele não me obedece, então larguei.
Agora seja como tiver que ser.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Pela ausência,
desculpem-me. É que a vida está um pouco mais corrida que o normal. E as coisas estão dando tão certo, que preciso acompanhar esse ritmo acelerado para não deixar que nada passe sem ser devidamente aproveitado.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Notas mentais
Preciso ser mais suave com as palavras, pra que elas não cortem tão fundo a ponto de fazer sangrar. Porque nem todas as verdades precisam ser ditas por completo, algumas devem ficar sempre subentendidas. E quando as pessoas perguntam, elas querem ouvir o que precisam ouvir; e nem sempre será a verdade. Preciso aprender a ficar calada, já diz o velho ditado, a palavra é de prata, mas o silêncio é de ouro. E calar não é só consentir, calar é permitir... permitir que os outros vivam seus pequenos grandes momentos, sem o balde de água fria que traz de volta à realidade, que faz parar pra pensar. Calar é deixar que o outro descubra por si só o caminho das pedras, por mais que você já tenha ido e voltado várias vezes, e saiba que no começo as pedras machucarão seus pés, pra depois entender que isso serviu pra lhe dar os calos que hoje lhe impedem de sentir novamente todas as dores. Preciso mesmo. E preciso, mais que qualquer coisa, arranjar assunto pra escrever, pra ninguém pensar que isso aqui é um blog de autoajuda.
sábado, 11 de abril de 2009
Aleluia!
Meu primeiro post nesse blog foi no Sábado de Aleluia do ano passado, quando decidi queimar um Judas. Mas eu não sabia que ele era tão grande e difícil de ser queimado. Foi um processo longo e lento, mas hoje - mais de um ano depois - começo a ver as cinzas dele sendo levadas pelo vento pra longe de mim. E fico tão feliz por não ter herdado nada que estava em seu testamento, porque agora tenho certeza que nada do que viesse dele me serviria. Hoje sim, é a Aleluia.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
"Ela ficou velha...
Ou pelo menos sente-se envelhecida, porque jogou toda a sua juventude nas mãos de um amor frustrado, que não teve a manha de entender a delicadeza, a fragilidade, a lindeza de sentimento que rola na cabeça de quem tem 22 anos e quer amar muito a vida que Deus lhe deu, ainda mais com uma paixão do lado.
Estava errado, o cara?
Talvez não, poderia ter sido mais cuidadoso, talvez, mas nem sempre isso adianta muito também
Tampouco está errada minha amiga.
Infelizmente, pode-se dizer a ela uma frase do Tolerância Zero: "Bem-vindo ao pesadelo da realidade, playboy", porque desilusão amorosa é, sempre, um pesadelo".
De tão apropriado, não resisti, tive que colar aqui!
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Senso de humor
Sim, faz toda a diferença. Não perca o seu, mas não exagere, pois já diz a minha vó, que muito riso é sinal de pouco siso. Ache o ponto de equilíbrio, em que se acha uma delícia viver, mas nem por isso se aceita viver de qualquer jeito. Não precisa achar que tudo está sempre bem, basta tentar achar a forma mais agradável de se conviver com as adversidades. Senso de humor é charme, e uma ótima maneira de evitar as rugas. Ou de lidar com elas.
terça-feira, 7 de abril de 2009
Mudanças
Os livros todos numa caixa, as roupas em outra, e um monte de papéis pra organizar, separando o que é importante do que vai pro lixo. E lembranças demais pra uma sacola muito pequena, é preciso escolher o que vale a pena ser levado. E o que não é necessário deve ser deixado pra trás, por mais que haja apego, certas coisas são pesadas demais, desconfortáveis pra se carregar, não valem o esforço, e acredite, dá pra viver sem elas.
sábado, 4 de abril de 2009
Errar é humano...
Uma coisa é certa: nem tudo é como se quer, nem tudo acontece como se planeja. Se é assim com a nossa própria vida, que dirá com a dos outros. Quando estamos vendo as situações sem vivê-las, é bem mais fácil de enxergar o caminho certo, mas se temos os nossos sentimentos envolvidos, era uma vez o discernimento, lá vamos nós fazer tudo do jeito que achamos melhor naquela hora. E os conselhos que nos dão servem de quê? De nada. E quando somos nós enxergando um amigo indo pelo caminho errado, lá estamos dando esses mesmos conselhos que entrarão por um ouvido e sairão pelo outro. Não adianta ficar com raiva, porque a gente também é assim. Quando se acredita numa coisa que não existe, infelizmente, a única coisa que nos mostra a realidade é a decepção. E é disso que é feita a vida, é assim que aprendemos a fazer as melhores escolhas, e é daí que tiramos força pra seguir em frente. Mas é preciso aprender de verdade, porque cometer um erro e quebrar a cara é natural, mas persistir neste mesmo erro, é outra coisa. Então, vamos errar uma vez só, que é suficiente pra aprender. E criar coragem pra fazer diferente da próxima vez, mesmo que pareça difícil. Mesmo que você esteja acostumado a levantar depois das quedas, e a curar as próprias feridas, você não precisa de mais cicatrizes.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Sorte
segunda-feira, 30 de março de 2009
Final de semana
Tempo eu tive, assunto também. Mas estou num momento de controle emocional, não posso e não quero escrever sobre as coisas que tenho pensado e vivido. Preciso manter tudo que é importante em off. Algumas coisas são muito específicas, e só os envolvidos entenderiam. Outras são muito, mas muito interessantes, mas ainda não podem virar domínio público. Portanto, não sei ainda quando nem sobre o que escreverei. Mas uma coisa é certa: eu voltarei.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Lembranças
A memória é um negócio estranho demais. Volta e meia, tenho flashes de coisas que não têm nada a ver com o momento ou a situação. Lembro de não usar borracha quando estudava, do sono que sentia quando ficava decorando a tabuada até tarde, e do dia em que Gilberto Gil lançou a música "Madalena" no Fantástico. Lembro da angústia que sentia no domingo à noite, quando passava a "Semana do Presidente" no SBT, enquanto eu separava os livros que levaria no dia seguinte na mochila muito pesada. E a pior tarefa era separar a farda e colocar os cadarços nos tênis lavados.
Lembro da preguiça em levantar da cama cedo, e da minha vó se arrumando pra ir trabalhar com o dia ainda escuro. Do gosto do enrolado da cantina do Arqui, e da água gelada da piscina no primeiro horário. Dos gritos da torcida nos jogos internos, e de chorar sozinha na sala escura da casa de uma prima, com vontade de voltar pra minha. Lembro de como arrumava tudo pra brincar de Barbie, e de como gostava de dançar fazendo as coreografias do É o Tchan com as meninas que moravam no prédio. Uma queda de patins que levei, mesmo estando parada. E do cheiro incrível que tinha o cara que era o sonho de consumo de toda a vizinhança, e da fita do Offspring no carro dele. E do agasalho colorido com mangas removíveis do primeiro menino por quem me apaixonei.
Lembro dos trabalhos que apresentei, dos micos que paguei, das maluquices que fiz nos tempos de colégio. Das excursões de Geografia, das feiras de Ciências, de Jackie Tequila tocando sem parar no som. E das longas caminhadas meio-dia até o shopping, pra comer esfihas fechadas de ricota e tomar água de coco. Das tardes na sorveteria, sem preocupação nenhuma, fofocando e dando risada. Dos simulados de sexta-feira, e das arguições sobre a tabela periódica. Das histórias engraçadíssimas que o professor de Física contava. De tomar banho ouvindo Legião Urbana, com dor de cotovelo. E de um cidadão adorável com uma camisa de time de futebol que já fazia parte dele (e de sempre comentar que ele não tinha cava no pé). Do DJ expulsando as pessoas da boite 5 horas da manhã com a música na maior altura, e de encontrar um vizinho bonitinho indo trabalhar enquanto eu chegava despenteada com as sandálias na mão.
E por aí vão os pensamentos sem sentido, que aparecem só pra arrancar um sorrisinho e deixar um gosto de saudade. E, claro, pra provar que a minha memória é melhor do que se imagina.
Lembro da preguiça em levantar da cama cedo, e da minha vó se arrumando pra ir trabalhar com o dia ainda escuro. Do gosto do enrolado da cantina do Arqui, e da água gelada da piscina no primeiro horário. Dos gritos da torcida nos jogos internos, e de chorar sozinha na sala escura da casa de uma prima, com vontade de voltar pra minha. Lembro de como arrumava tudo pra brincar de Barbie, e de como gostava de dançar fazendo as coreografias do É o Tchan com as meninas que moravam no prédio. Uma queda de patins que levei, mesmo estando parada. E do cheiro incrível que tinha o cara que era o sonho de consumo de toda a vizinhança, e da fita do Offspring no carro dele. E do agasalho colorido com mangas removíveis do primeiro menino por quem me apaixonei.
Lembro dos trabalhos que apresentei, dos micos que paguei, das maluquices que fiz nos tempos de colégio. Das excursões de Geografia, das feiras de Ciências, de Jackie Tequila tocando sem parar no som. E das longas caminhadas meio-dia até o shopping, pra comer esfihas fechadas de ricota e tomar água de coco. Das tardes na sorveteria, sem preocupação nenhuma, fofocando e dando risada. Dos simulados de sexta-feira, e das arguições sobre a tabela periódica. Das histórias engraçadíssimas que o professor de Física contava. De tomar banho ouvindo Legião Urbana, com dor de cotovelo. E de um cidadão adorável com uma camisa de time de futebol que já fazia parte dele (e de sempre comentar que ele não tinha cava no pé). Do DJ expulsando as pessoas da boite 5 horas da manhã com a música na maior altura, e de encontrar um vizinho bonitinho indo trabalhar enquanto eu chegava despenteada com as sandálias na mão.
E por aí vão os pensamentos sem sentido, que aparecem só pra arrancar um sorrisinho e deixar um gosto de saudade. E, claro, pra provar que a minha memória é melhor do que se imagina.
terça-feira, 24 de março de 2009
24 horas
Poucas horas de sono, olhos vermelhos, cabeça cheia, ombros doloridos. Trabalho, trabalho, trabalho, estudo de leve, um livro interessante, um bom projeto em andamento, e amizades a manter. Ideias para escrever, coisas a aprender, e-mails a responder. Coisas pra organizar, vida pra arrumar. Contratos, mudanças, preparativos, surpresas, risadas, mensagens, café. E assim os dias passam, deliciosamente corridos, cheios de ansiedade e esperança.
sexta-feira, 20 de março de 2009
"Tempo amigo, seja legal..."
Acredite quando dizem que o tempo é o melhor remédio pra um monte de coisas. Não é exagero, o problema é que quase sempre é difícil esperar. Não sei se é o passar dos anos, simplesmente, ou se é o cansaço que vem da vontade de dar logo um jeito em tudo, o fato é que tenho deixado um monte de coisas se resolverem sozinhas. Ou pelo tempo. E aos pouquinhos, tudo está se ajeitando. É como se as situações que nós queremos mudar, só de pirraça resolvessem ficar paradas enquanto nos desgastamos.
Às vezes você percebe que aquilo não vale o esforço, e deixa de lado. Outras vezes, você se afasta pra poder enxergar melhor. Ou simplesmente prefere abandonar a causa... e de repente, quando menos se espera, está tudo ajeitadinho. Ah, se eu tivesse percebido isso antes!
Às vezes você percebe que aquilo não vale o esforço, e deixa de lado. Outras vezes, você se afasta pra poder enxergar melhor. Ou simplesmente prefere abandonar a causa... e de repente, quando menos se espera, está tudo ajeitadinho. Ah, se eu tivesse percebido isso antes!
segunda-feira, 16 de março de 2009
Confiança
Aí está uma das coisas mais gratificantes da vida. Saber que alguém confia em nós é bom, e faz valer a pena as noites mal-dormidas, a ansiedade, os medos, as unhas roídas. Faz bem ao ego, afinal, não se pode confiar em qualquer um, e quando confiam em nós, estão nos dando uma posição privilegiada, e nos fazendo seguros. Se temos dúvidas da nossa capacidade, é a confiança do outro que faz com que acreditemos em nós mesmos. E que beleza quando nos vemos pelos olhos de quem confia em nós. Somos grandes, melhores, capazes, e temos vontade de fazer tudo com perfeição, só pra fazer valer toda a confiança, essa coisa rara, cara e deliciosa, que nem todo mundo tem o direito de experimentar.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Então...
Quando um pensamento lhe acorda num sobressalto às 4h da manhã, com o coração batendo acelerado, e lhe impede de dormir novamente, o que você faz?
Bom dia, ansiedade. Chegou cedo hoje.
Bom dia, ansiedade. Chegou cedo hoje.
terça-feira, 10 de março de 2009
Soslaio
Não é que ela olhe atravessado. Ela olha atravessando. Observa tudo enquanto faz de conta que não sabe de nada. Faz invisível o que não quer ver. E assim, autista por opção, ela percebe as coisas. Só ouve o que quer, só vê quem está a fim. Assim fica mais fácil de organizar os pensamentos, traçar estratégias, conhecer o inimigo e saber lidar com ele, pra fazer a coisa certa. E ela aprendeu que não adianta começar uma briga com força e barulho, é preciso cansar o outro, em silêncio. Confundir. Manipular. E faz de longe, pra não permitir que façam o mesmo com ela. E isso não é falta de coragem, muito menos de caráter. Também não é demonstração de inteligência. É a arte da guerra, uma teoria que a vida a ensinou na prática.
Das razões.
Quando achei que conhecia de perto o bom humor, você me levou um degrau acima pra mostrar que eu estava errada, e um com sorriso mudou meu dia. E as piadas até tiveram graça, de tão boa que é a sua cara quando eu não rio de nenhuma delas. A sintonia que grita. A mania de já saber o que vou falar em seguida, que me poupa o trabalho de brigar, também acaba com qualquer raiva, porque é engraçado ver você me imitando. O gosto em viver, que faz a vida parecer tão mais simples. E o incrível talento de saber o que, como e quando fazer com tanta naturalidade. E saber fazer-se perdoável, sempre. A paciência em aconselhar, mesmo não gostando do contexto. E a grandeza de não carregar mágoas. A satisfação em explicar qualquer coisa em detalhes, quantas vezes eu pedir. E a sinceridade de contar até o que me chateia, só pra não se ver escondendo nada. O fato de saber a hora de parar, e parar mesmo. O carinho gratuito. E o dom de fazer arrepiar. E por muitas outras coisas, eu sei (e você também sabe) que é bom e foi feito pra dar certo. Mas eu não quero. E você também não.
domingo, 8 de março de 2009
Do lado de dentro
Los Hermanos - Do Lado De Dentro
Uma vez escrevi um texto com esse título, exatamente por causa desta música de Los Hermanos, que faz um trocadilho com as palavras "viu" e "vil". Trocadilho esse que começava a fazer sentido em minha vida, mas é melhor ouvir pra entender. Lembrei da música hoje, e fiquei com vontade de postar o texto aqui, mas não achei em lugar algum. E apesar de lembrar do contexto, jamais conseguiria reescrevê-lo, ou tentar fazer um "genérico". Eram personagens sem nome vivendo a minha história num cenário inventado, pra não ficar óbvio demais. E foi escrito de uma vez, sem voltar pra corrigir nada, afinal, era a minha história, quem poderia conhecê-la melhor que eu? Era um trabalho de produção de texto, entregue a uma professora de Língua Portuguesa, que gostou do que leu e até pediu autorização pra usá-lo em provas e atividades de outras turmas. E hoje eu digo que até a mais vil das coisas ainda poderá servir de alguma forma bem positiva...
sexta-feira, 6 de março de 2009
Fazer sentido é para os fracos
Um velho amigo me mostrou uma "poesia" escrita por um amigo dele, metido a intelectual. um monte de palavras desconexas, formando frases sem sentido, que no final viram uma poesia que não diz nada. E justamente por não dizer nada, os outros pseudointelectuais devem ir à loucura lendo aquele poema surrealista, psicodélico ou seja lá qual for o nome. E certamente acham diversas interpretações e significados filosóficos. A verdade é que me deu vontade de escrever coisas nesse estilo também. Talvez faça mais sucesso, e eu acabe sendo citada no perfil do Orkut de alguém. Vamos lá...
MARACAIBO
A tarde derretendo lentamente
Sob o turbante sóbrio.
Serenidade de flor do campo num sorriso ensolarado
A vida em vão, a melodia da existência.
Um salto incerto no vale misterioso. Salve-se!
Na estação de trem, ronda o corvo faminto da vaidade
E os girassóis buscam o éter, a eternidade.
Infames desculpas ouvidas na Turquia
E as dúvidas do oásis, ao longe, trêmulo
Toc toc toc. A porta fechada.
Um século de segredos,
E novembro passa pela fechadura,
Subindo a colina num camelo arfante,
Rumo à desconhecida corredeira da vida.
Flutuam no horizonte os mitos, a rosa dos ventos.
L’amour.
Um barco nas águas do Lago Paranoá. E um chapéu Panamá.
Uma taça de champanhe, bolhas que lembram Nova York
E os flocos de neve que imaginei no Saara
O aroma das sombras gélidas em Oslo
Pelas ruas onde não andei.
MARACAIBO
A tarde derretendo lentamente
Sob o turbante sóbrio.
Serenidade de flor do campo num sorriso ensolarado
A vida em vão, a melodia da existência.
Um salto incerto no vale misterioso. Salve-se!
Na estação de trem, ronda o corvo faminto da vaidade
E os girassóis buscam o éter, a eternidade.
Infames desculpas ouvidas na Turquia
E as dúvidas do oásis, ao longe, trêmulo
Toc toc toc. A porta fechada.
Um século de segredos,
E novembro passa pela fechadura,
Subindo a colina num camelo arfante,
Rumo à desconhecida corredeira da vida.
Flutuam no horizonte os mitos, a rosa dos ventos.
L’amour.
Um barco nas águas do Lago Paranoá. E um chapéu Panamá.
Uma taça de champanhe, bolhas que lembram Nova York
E os flocos de neve que imaginei no Saara
O aroma das sombras gélidas em Oslo
Pelas ruas onde não andei.
terça-feira, 3 de março de 2009
Accept the Good
Numa das minhas muitas madrugadas de insônia, procurando uma coisa qualquer na televisão, que não as jóias do Medalhão Persa, os lençóis caros do Shoptime e as mil opções de programas evangélicos, acabei pegando um filme do início (coisa rara). "As coisas que perdemos pelo caminho". Pelo nome, já imaginei o nível do drama, estilo telefilmes, mas era o que eu tinha de melhor naquele momento, então, paciência. Halle Berry, David Duchovny, e Benicio Del Toro no elenco. Ok, se o filme não prestasse, com certeza valeria por Del Toro, que eu adoro. Não vou comentar nada sobre o filme, se quiser saber mais a respeito, tá aí o Google. Vou falar sobre uma frase dita algumas vezes nele: accept the good. Simples. Mas por que às vezes é tão difícil aceitar as coisas boas? De onde vem essa resistência às felicidade que insiste em aparecer de vez em quando? Eu conheço gente que se ofende com presentes e gestos de carinho. E quantas vezes você já fez um elogio a alguém e a resposta foi uma negativa do que você acabou de dizer? "Como você está bonito hoje!", resposta: "Que nada, com essa cara de cansaço??", sem contar com os que tiram de si os próprios méritos e fazem de tudo uma obra do acaso. "Mas que excelente trabalho você fez!", resposta: "Pois é, dei sorte". E alguém já desconfiou que um gesto de carinho seu era pra pedir algo em troca? E você mesmo já não fez nada disso?
De onde vem essa mania chata de não saber lidar com as coisas boas? É insegurança? Medo de parecer arrogante por aceitar o reconhecimento das próprias virtudes? Precisamos entender que as coisas boas nos fazem bem. Talvez com a redundância seja mais fácil entender.
De onde vem essa mania chata de não saber lidar com as coisas boas? É insegurança? Medo de parecer arrogante por aceitar o reconhecimento das próprias virtudes? Precisamos entender que as coisas boas nos fazem bem. Talvez com a redundância seja mais fácil entender.
segunda-feira, 2 de março de 2009
O homem, o gênio, o mito.
Pode anotar aí, não existirá na história da televisão alguém como Sílvio Santos. Quando eu era pequena, lá estava ele todo domingo em sua maratona de programas... Porta da Esperança, Roletrando, e o meu favorito, Topa Tudo por Dinheiro. E eu adorava aquele monte de bobagens, adorava. Depois, em minha fase tonta "aborrecente", achei que SS era brega, programa de velha, e deixei de assistir. Já adulta, voltei a simpatizar com o homem do baú, mas tinha um problema, ele não estava mais no ar. Até que um dia, ele teve a brilhante idéia de voltar a gravar, e reassumiu o domingo que nunca deveria ter deixado de lado. Gugu, Eliana e Faustão são terríveis, ai de quem não tem tv a cabo pra escapar desse sofrível trio. Agora o Programa Sílvio Santos toma a tarde inteira do SBT, e me salvou das horas mais tediosas da semana. Sílvio Santos é simpático, e tem um carisma difícil de ser encontrado em outros apresentadores. Ele está sempre penteado e elegante, e sua platéia é formada por mulheres de todas as faixas etárias, todas das "Vilas" e "Jardins" de São Paulo, são todas mulheres suburbanas, que muito mal sabem combinar a roupa com os acessórios, ou escolher uma cor de cabelo decente. E é no meio dessas mulheres que o milionário Sílvio passa boa parte do programa, interagindo com todas, chamando-as desde sempre de "minhas colegas de trabalho". Esse poder de aproximação é o que mais me encanta nele, que nunca precisou levar gente pra chorar no palco contando uma história triste pra depois dizer que tal loja doou móveis, tal empresa doou cestas básicas, e o problema da pessoa está resolvido.
Senor Abravanel, que adotou um nome simples, com o sobrenome mais comum de todos, esse é o cara. Ele me diverte, juro. É o primeiro a debochar da falta de organização da própria emissora, avacalha a novela da esposa, só faz merchandising de seus outros empreendimentos e faz questão de ser gaiato com todos os convidados. O programa tem as mesmas brincadeiras da década de 80, mostra as mesmas câmeras escondidas com Ivo Holanda invariavelmente apanhando, e incluiu coisas que já existiram, como por exemplo as "gincanas", que nada mais são que as provas que um dia fizeram sucesso como "Olimpíadas do Faustão", e depois viraram uma chatice sem tamanho. Só mesmo SS pra ir buscar tudo isso no passado e trazer de volta fazendo sucesso. Mas nós não estamos falando de um comunicador qualquer, estamos falando do homem que fez de Chaves um fenômeno.
E o melhor de tudo, é que fica muito claro para os telespectadores que ele se diverte fazendo o programa. É um fanfarrão, o bom e velho Sílvio, que além de um humor fantástico, aos 78 anos ainda joga seus aviõezinhos de notas de 100 reais de cima das cadeiras do auditório, e sobe com tanta facilidade que nem usa as mãos pra ajudar. Desconfio que ele está seguindo os conselhos da Turma do Chaves.
Senor Abravanel, que adotou um nome simples, com o sobrenome mais comum de todos, esse é o cara. Ele me diverte, juro. É o primeiro a debochar da falta de organização da própria emissora, avacalha a novela da esposa, só faz merchandising de seus outros empreendimentos e faz questão de ser gaiato com todos os convidados. O programa tem as mesmas brincadeiras da década de 80, mostra as mesmas câmeras escondidas com Ivo Holanda invariavelmente apanhando, e incluiu coisas que já existiram, como por exemplo as "gincanas", que nada mais são que as provas que um dia fizeram sucesso como "Olimpíadas do Faustão", e depois viraram uma chatice sem tamanho. Só mesmo SS pra ir buscar tudo isso no passado e trazer de volta fazendo sucesso. Mas nós não estamos falando de um comunicador qualquer, estamos falando do homem que fez de Chaves um fenômeno.
E o melhor de tudo, é que fica muito claro para os telespectadores que ele se diverte fazendo o programa. É um fanfarrão, o bom e velho Sílvio, que além de um humor fantástico, aos 78 anos ainda joga seus aviõezinhos de notas de 100 reais de cima das cadeiras do auditório, e sobe com tanta facilidade que nem usa as mãos pra ajudar. Desconfio que ele está seguindo os conselhos da Turma do Chaves.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Ignorância Contemplativa
Começo a achar que os que sabem menos são mais felizes. Saber das coisas é quase sempre um perigo, principalmente quando se é mulher. Mulheres tolinhas são um encanto para a maioria dos homens. Perto delas, eles sempre serão mais inteligentes, charmosos, viajados, bem-relacionados. Esse tipo de mulher que não sabe falar sobre muito mais que a novela, a música que bombou no carnaval, ou sobre o salão que tem a melhor escova progressiva, acaba casando logo. Mulheres que se contentam com qualquer emprego e com um homem qualquer. O tipo de mulher que vai depender financeira e emocionalmente do marido. E que vai achar um gênio alguém que dê uma opinião sobre a crise econômica, porque afinal, ela nem sabia que a economia estava em crise... Elas até têm a oportunidade de conhecer as coisas, afinal, as informações estão aí pra todo mundo, mas pra que saber tanto? Pra perder o charme? Pra assustar os homens? Jamais. É melhor gastar tempo lendo revista Caras, e pensando na cor do biquíni que usará no final de semana. É triste, mas é verdade, a maioria dos homens não sabe lidar com mulheres inteligentes, por isso, eles preferem as medíocres. Assim, não precisam melhorar nunca, podem ficar do jeito que estão, elas não cobrarão nada. E as mulheres inteligentes? Bem, os homens que se interessam por elas são bem diferentes dos que estão com as tontas, e isso já diz muita coisa. Em momentos de revolta com certas situações, penso seriamente em adotar a filosofia da ignorância contemplativa, em que quanto menos se sabe das coisas, mais se aproveita a vida. Aí eu penso duas vezes... definitivamente, não é desse jeito que quero aproveitar a minha.
domingo, 22 de fevereiro de 2009
É tão simples (pelo menos deveria ser)
Tem gente que simplesmente não sabe ser gentil, e ainda faz questão de nunca agradecer uma gentileza, como se estivesse muito acima disso. Infelizmente tenho convivido com gente assim. Mas nem por isso deixo de ser gentil, afinal, o problema não está comigo. Eu estou fazendo a minha parte. E como a esperança é a última que morre, não custa esperar um pouquinho mais pela retribuição, ainda que tardia.
E agora?
Recentemente vi o comercial de um carro - acho que do Palio - em que um rapaz diz que quer se separar de sua alma, porque o corpo dele quer uma coisa, e a alma quer outra, no fim, como era de se esperar, eles concordam na escolha do automóvel. Estou num momento tão parecido... o que é que a gente faz quando a cabeça quer uma coisa, o coração quer o extremo oposto? As escolhas racionais sempre me agradaram mais. Gosto de calcular os riscos, e agir com parcimônia, tendo sempre a possibilidade de mudar de caminho se percebo que aquele não dará certo. Por isso, meu coração sempre esteve preso e acorrentado num porão escuro e úmido. Mas sabe-se lá por ordem de quem, um dia ele se libertou dos grilhões e resolveu que também ia se meter nas minhas decisões. Aí já viu, né? Razão de um lado, emoção do outro, e eu no fogo cruzado. Acho que por enquanto, o melhor a fazer é ficar quieta, esperando que um dia elas concordem em alguma coisa.
Observe eu não me importar
Eu já fiz rodelinhas de massa de modelar pra misturar ao doce de banana de alguém que não gostava, já misturei molho inglês na coca-cola desse mesmo alguém. já fiz meu irmão comer gesso prometendo que viraria chiclete, e fui expulsa várias vezes da aula de religião por questionar a veracidade dos escritos bíblicos. Num colégio católico, diga-se de passagem, onde colei na prova de catecismo e omiti pecados em confissão pra passar menos tempo fazendo as orações que me perdoariam. Já cortei os cabelos longos na altura da orelha, contra a vontade da minha mãe, e pintei de vermelho selvagem (sim, o nome era esse) contra a vontade do mundo inteiro. Na faculdade, já perdi matérias por faltas, pela simples satisfação de ficar do lado de fora da sala conversando. E já abandonei um curso no último período, um na metade e outro no último período. Nesta exata ordem. E não me arrependi, mesmo ouvindo diariamente que era uma loucura, aliás, três loucuras. Já fiz pessoas que eram unha e carne comigo se tornarem minhas desconhecidas, sem nunca ter sentido falta da presença delas. Já deixei de ir a vários lugares por preguiça, pelo tempo nublado, ou pelas duas coisas. Já fiz várias coisas sem contar a ninguém, e várias coisas escondidas. Já tive o amor mais platônico do mundo, e insisti nele. E disse não a uma grande oportunidade de ser feliz. Já me apaixonei por um cara que nunca valeu a pena, e continuei, mesmo sabendo que ele não vale o que o gato enterra. Já fui grossa com gente que amo, e delicada com gente que odeio. E 90% dos conselhos que as pessoas sensatas me dão, eu não sigo. E isso tudo estou dizendo só pra você ter a certeza de que eu não vou deixar de fazer o que me dá vontade. E o que me interessa.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Nativo
Ele tinha olhos tristes, que em nada combinavam com sua personalidade. Virou Nativo porque no interior nasceu e foi criado, brincando na rua, subindo em árvore pra pegar frutas, solto, que nem passarinho. Era carinhoso e moleque, mas de tão cativante, não levava bronca quando fazia arte. Sabido, aquele danadinho, que era prestativo, se animava com tudo e falava de um jeito tão engraçado... E no pior dia da minha vida, de repente desanimei e não fui ao show de Babado Novo na praia, dei a camisa pra alguém e fiquei em casa, lendo Harry Potter e o Cálice de Fogo, enquanto Faustão dizia um monte de besteiras na televisão. O telefone tocou e meu coração quase parou de bater quando eu soube do acontecido. Não me disseram como, nem onde, a notícia veio curta e direta, ele tinha ido embora. Desta vida. A ficha não caiu, mas o coração batia entre as orelhas, acelerado e sofrido. Que injustiça alguém nascer pra viver tão pouco. Treze anos. Não sei como seria seu futuro, viraria astronauta, veterinário, advogado, vendedor de carros, percussionista, jogador de futebol, dentista? Casaria ou seria um solteirão conquistador? Teria filhos? Ficaria careca? Barrigudo? Ninguém sabe. Ele foi embora e deixou só a saudade. É dolorido pensar nele, é horrível saber que ele nunca mais chegará com seus abraços grudentos, nem mandará bilhetinhos de carinho pela minha vó. Seis anos já se passaram, e de vez em quando me dá aflição por pensar que poderei esquecer como era sua voz, aí ele aparece em algum sonho e eu acordo mais tranquila. Perder alguém amado é machucar um pedaço do coração pra sempre. Mas não há nada a se fazer, além de torcer pra que realmente exista um lugar melhor que esse aqui. Quanto à saudade... é preciso aprender a conviver com ela.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Helicobacter pylori
Uma bactéria que está relacionada à gastrite, à úlcera, blá blá blá, e um belo dia resolveu que meu estômago era um bom lugar pra morar. Apesar de nunca ter sentido grandes desconfortos, o médico mandou tratar, porque a endoscopia mostrou que lá estava uma bela gastrite por causa da danada da bactéria. Tá bom, vamos tratar, então. Dois remedinhos, coisa simples, pensei. Pensei errado. Primeiro, que são remédios caros, e tá aí uma coisa que me dói a alma é gastar dinheiro com remédio! Tudo bem que só tive que pagar por um, já que um amigo fez a gentileza de me dar amostras suficientes do outro, mas mesmo assim, fiquei com o bolso bem mais leve. Aí vem a primeira etapa do tratamento. Uma batelada de comprimidos, oito por dia, metade pela manhã, metade à noite, cada um maior que o outro, durante sete dias. Segunda fase, mais seis semanas tomando um comprimido em jejum. Caro e longo, o tratamento, mas vamos em frente. O médico havia me advertido que talvez eu sentisse um pouco de tontura ou ficasse sentindo um gosto estranho de vez em quando. Ok, nem todo mundo sente os efeitos colaterais, coisa e tal, comecei a via crucis contra a tal H. pylori. O termo "tontura" foi usado com muita generosidade, porque agora meu mundo roda mais que o de qualquer pessoa, estou parada e de repente as coisas começam a se mexer, me sinto como Cinderela entre baldes, vassouras e móveis dançantes. E o "gosto estranho" foi um simpático eufemismo pra "amargo que só o cabrunco", tudo fica muito, mas muito amargo, tipo Buscopan solução. Já tomou? Então, é mais ou menos aquilo ali. Espero que parem por aí esses belos sintomas, porque a bula ainda diz que podem haver vários outros. E tomara que ela esteja sofrendo bem mais que eu, claro.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
O Big Brother nosso de cada dia
Metade do mundo diz que o BBB é um lixo, que é um monte de gente sem nada na cabeça que só fala bobagem o dia inteiro e não nos acrescenta em nada. Não deixa de ser verdade, mas vamos com calma... aquelas pessoas lá confinadas são tipos comuns a mim, a você e a todo mundo. O programa é um sucesso justamente por isso, porque gente é bicho curioso. É só ter um acidente de trânsito, e um monte de gente para só pra olhar. Se há uma discussão na rua, pode ohar nos prédios em volta, as janelas estão cheias de curiosos. E nessa edição, ficou provado em emblemática metalinguagem que isso é muito verdade. Primeiro, um cubo de vidro num shopping com quatro candidatos a brothers, que num instante viraram o centro das atenções, depois um quarto branco com três participantes, apenas, sendo observados pelos outros, que não podiam interagir de nenhuma forma, mas passavam o dia inteiro assistindo. Em seguida, uma espécie de aquário dentro da casa com dois desconhecidos virou atração.
Não sei se a intenção de Boninho foi mostrar que espiar é humano, mas que ficou bem claro, isso ficou. E cá pra nós, é mais saudável acompanhar o BBB que parar pra ver gente atropelada, sangrando no asfalto. Né?
Não sei se a intenção de Boninho foi mostrar que espiar é humano, mas que ficou bem claro, isso ficou. E cá pra nós, é mais saudável acompanhar o BBB que parar pra ver gente atropelada, sangrando no asfalto. Né?
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Derilane
Apesar do nome de manicure, ela tinha nível superior, e pra falar a verdade, só isso era superior nela. Media menos de 1,50m, vivia sobre sandálias de passista, de gosto duvidoso tinha os cabelos de uma cor indefinida entre o castanho, o loiro e o acaju, alisados pela volta ao mundo em escovas: francesa, marroquina, japonesa, jamaicana, havaiana e eslovena. Nenhuma tecnologia era suficiente pra domar aqueles fios. Mas, pior que seus cabelos espichados, era a mania insuportável de se fazer de boba, uma voz irritante com direito a um jeito tatibitate de falar, como se isso fosse meigo, e não ridículo pra alguém que já saiu da alfabetização.
Derilane era noiva de Lindolfo. Alto, jovem, bonito, bem-sucedido e sério, ele era um bom rapaz. Mas Derilane não se satisfez com o bom moço, e se envolveu com Mévio, um modelo mais antigo da categoria, que se apaixonou perdidamente por suas sandálias meia-pata de 20cm. Entre juras de amor e declarações explícitas de afeto, eles se encontraram por anos e anos. Lindolfo desconfiou, acabou o noivado, mas - desconheço os motivos - em pouco tempo reatou, com um pé atrás e uma pulga atrás de cada orelha. Derilane, sonsa, sempre se fazendo de vítima, sempre posando de intelectual e boa de coração, explicando seus atos com a desculpa de estar confusa entre a segurança estável de um bom rapaz, e o gosto de aventura que só o proibido proporciona, continua fazendo viagens de lua-de-mel, mas acho que na verdade isso é um pretexto pra experimentar o formol e a guanidina de todos os países do mundo. Às custas do manso Lindolfo, claro.
Derilane era noiva de Lindolfo. Alto, jovem, bonito, bem-sucedido e sério, ele era um bom rapaz. Mas Derilane não se satisfez com o bom moço, e se envolveu com Mévio, um modelo mais antigo da categoria, que se apaixonou perdidamente por suas sandálias meia-pata de 20cm. Entre juras de amor e declarações explícitas de afeto, eles se encontraram por anos e anos. Lindolfo desconfiou, acabou o noivado, mas - desconheço os motivos - em pouco tempo reatou, com um pé atrás e uma pulga atrás de cada orelha. Derilane, sonsa, sempre se fazendo de vítima, sempre posando de intelectual e boa de coração, explicando seus atos com a desculpa de estar confusa entre a segurança estável de um bom rapaz, e o gosto de aventura que só o proibido proporciona, continua fazendo viagens de lua-de-mel, mas acho que na verdade isso é um pretexto pra experimentar o formol e a guanidina de todos os países do mundo. Às custas do manso Lindolfo, claro.
Imagine com moderação
Não sei se é o fato de ser muito ansiosa, ou de ter uma "mente criminosa" como dizem alguns amigos, mas pra mim é muito difícil controlar a imaginação. É assim pra você também? Será que todo mundo tem esse problema?
Claro que ter uma mente pronta para todas as possibilidades é bom às vezes. O que quer que aconteça, você já tinha imaginado mesmo, não vai lá ser uma grande surpresa. De vez em quando é uma mão na roda, quando se precisa de criatividade, nem é preciso tanto esforço, boas ideias surgem, agora ou mais tarde, mas surgem naturalmente. Mas quase sempre é bem ruim pensar em tudo. Exemplifico: você liga pra alguém que não lhe atende. A pessoa pode estar ocupada, dormindo, ou com o celular no modo silencioso, mas também pode estar lhe evitando. Mas evitando por quê? Porque acha que você é muito chato, ou porque está em companhia de alguém que não pode saber que você ligou, mas essa pessoa pode também estar fazendo de propósito justamente pra você pensar que ela está com alguém que não pode saber que ela fala com você. Mas por que ela seria capaz de fazer isso? Porque gosta de lhe testar, ou porque é mau-caráter mesmo... Então significa que tudo o que foi feito e dito por essa pessoa foi mentira? Foi tudo calculado? E assim segue o pensamento, oscilando entre possíveis e absurdos. O pior é que eu sempre acabo achando que o óbvio é muito óbvio pra ser a verdade, então, me apego ao mais improvável, porque... sei lá por que, mas via de regra vou sempre pelo caminho mais difícil. Como se todo mundo estivesse sempre perdendo tempo com planos e cálculos. O negócio é colocar umas rédeas nos pensamentos, pra eles não irem muito longe. Só quando a gente precisar, claro.
Claro que ter uma mente pronta para todas as possibilidades é bom às vezes. O que quer que aconteça, você já tinha imaginado mesmo, não vai lá ser uma grande surpresa. De vez em quando é uma mão na roda, quando se precisa de criatividade, nem é preciso tanto esforço, boas ideias surgem, agora ou mais tarde, mas surgem naturalmente. Mas quase sempre é bem ruim pensar em tudo. Exemplifico: você liga pra alguém que não lhe atende. A pessoa pode estar ocupada, dormindo, ou com o celular no modo silencioso, mas também pode estar lhe evitando. Mas evitando por quê? Porque acha que você é muito chato, ou porque está em companhia de alguém que não pode saber que você ligou, mas essa pessoa pode também estar fazendo de propósito justamente pra você pensar que ela está com alguém que não pode saber que ela fala com você. Mas por que ela seria capaz de fazer isso? Porque gosta de lhe testar, ou porque é mau-caráter mesmo... Então significa que tudo o que foi feito e dito por essa pessoa foi mentira? Foi tudo calculado? E assim segue o pensamento, oscilando entre possíveis e absurdos. O pior é que eu sempre acabo achando que o óbvio é muito óbvio pra ser a verdade, então, me apego ao mais improvável, porque... sei lá por que, mas via de regra vou sempre pelo caminho mais difícil. Como se todo mundo estivesse sempre perdendo tempo com planos e cálculos. O negócio é colocar umas rédeas nos pensamentos, pra eles não irem muito longe. Só quando a gente precisar, claro.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Menina Veneno
Não, não falarei da música.
"Menina Veneno" é o nome de uma novela online na Infonet. Meu amigo Alex me mandou o link do teaser trailer, e confesso que fiquei curiosa. Assim como ele, imaginei que fosse ver os capítulos no Youtube, e também me preparei para dar risadas, porque achei que seria uma produção mambembe, certamente com algum conhecido atuando, já que a cidade não é lá tão grande. Mas não, é uma novela escrita mesmo, e nos dois primeiros capítulos já percebi como será o ritmo da coisa. Uma estória confusa, que é pra ser um mistério policial, mas de repente desvia a atenção do leitor pra algo que não tem absolutamente nada a ver com o enredo. Talvez seja um recurso proposital, pra dificultar a solução do crime que é o tema central. Escrever novelas é muito difícil, não é raro ver grandes autores de telenovelas perdidos no início de suas tramas, que mudam o rumo de acordo com a aprovação do público.
O fato de arriscar já é um ponto a favor do autor de "Menina Veneno", e ele arriscou altíssimo incluindo uma narrativa fracionada num portal de notícias. A internet pede agilidade, nem todo mundo tem tempo ou paciência pra, além de ler os capítulos, clicar em todos os links com "pistas" para entender melhor o tal crime, principalmente porque são bem longas, as tais explicações.
Não sei quantos serão os capítulos, mas se forem muitos, talvez o autor ache o fio da meada e consiga me instigar.
Continuarei acompanhando porque gosto do gênero, cresci lendo Marcos Rey e seus mistérios urbanos, e passei muitas madrugadas em claro acompanhando as investigações do Monsieur Hercule Poirot nas páginas dos livros de Agatha Christie, e espero mesmo ter uma boa surpresa com esta "Menina Veneno". Por ora, ainda prefiro a de Ritchie.
O fato de arriscar já é um ponto a favor do autor de "Menina Veneno", e ele arriscou altíssimo incluindo uma narrativa fracionada num portal de notícias. A internet pede agilidade, nem todo mundo tem tempo ou paciência pra, além de ler os capítulos, clicar em todos os links com "pistas" para entender melhor o tal crime, principalmente porque são bem longas, as tais explicações.
Não sei quantos serão os capítulos, mas se forem muitos, talvez o autor ache o fio da meada e consiga me instigar.
Continuarei acompanhando porque gosto do gênero, cresci lendo Marcos Rey e seus mistérios urbanos, e passei muitas madrugadas em claro acompanhando as investigações do Monsieur Hercule Poirot nas páginas dos livros de Agatha Christie, e espero mesmo ter uma boa surpresa com esta "Menina Veneno". Por ora, ainda prefiro a de Ritchie.
A.con.che.go
Acepções
■ substantivo masculino
1 ato ou efeito de aconchegar
2 acolhimento, amparo físico junto a alguém ou algo; abraço
3 Derivação: por extensão de sentido.
m.q. conchego ('comodidade', 'conforto moral', sensação de segurança', 'arrimo')
4 Derivação: por extensão de sentido.
ajuste (de roupa) ao corpo, para que ela se torne mais confortável
5 comunicação, ligação, união
Digo mais.
■ substantivo masculino
1 ato ou efeito de aconchegar
2 acolhimento, amparo físico junto a alguém ou algo; abraço
3 Derivação: por extensão de sentido.
m.q. conchego ('comodidade', 'conforto moral', sensação de segurança', 'arrimo')
4 Derivação: por extensão de sentido.
ajuste (de roupa) ao corpo, para que ela se torne mais confortável
5 comunicação, ligação, união
Digo mais.
É o reencontro com os velhos amigos, que podem passar meses sem dar notícias, anos em outra cidade, e sempre nos recebem com um largo sorriso e um longo abraço.
Aconchego é sentir-se à vontade pra ser você mesmo, sem medo dos julgamentos. E é coisa que se encontra nos amigos de uma vida inteira, que trocam o cd do carro quando você vai entrar, porque ainda conhecem suas preferências, mesmo sem notícias suas há anos. Eles lembram das coisas, eles nos conhecem.
Por esses dias tive um delicioso reencontro com meu passado, com as mesmas brincadeiras tontas e as mesmas risadas de uma década atrás. Sem drama, o passado - como o próprio nome avisa - já passou. Mas quando ele vale a pena e resolve vir nos refrescar a memória, é bom demais.
Aconchego é sentir-se à vontade pra ser você mesmo, sem medo dos julgamentos. E é coisa que se encontra nos amigos de uma vida inteira, que trocam o cd do carro quando você vai entrar, porque ainda conhecem suas preferências, mesmo sem notícias suas há anos. Eles lembram das coisas, eles nos conhecem.
Por esses dias tive um delicioso reencontro com meu passado, com as mesmas brincadeiras tontas e as mesmas risadas de uma década atrás. Sem drama, o passado - como o próprio nome avisa - já passou. Mas quando ele vale a pena e resolve vir nos refrescar a memória, é bom demais.
Start.
Bom dia!
Gelo
Sabonete dermatológico purificante com LHA microesfoliante.
Creme facial rejuvenescedor FPS 25
Gelo
Gel de limpeza suave
Tônico adstringente
Sabonete neutro
Gelo
Preenchedor colágeno
Boa noite.
Gelo
Sabonete dermatológico purificante com LHA microesfoliante.
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Gelo
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Tônico adstringente
Sabonete neutro
Gelo
Preenchedor colágeno
Boa noite.
E assim começa, pela milionésima vez o meu ritual, que nunca durou mais que três dias. Jamais consegui comprovar os efeitos dos antirrugas (agora sem hífen!), nem posso dizer que sou fiel ao filtro solar, como deveria ser. Também não viro escrava dos sabonetes específicos, e vira e mexe uso o bom e velho Fofo pra lavar o rosto. É possível que agora seja como todas as outras vezes e já amanhã eu perca a empolgação e a disciplina, mas uma coisa é fato: o gelo faz efeito. E como faz.
(Porque nem sempre a gente pode escrever o que tem vontade)
(Porque nem sempre a gente pode escrever o que tem vontade)
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Fica a dica
"Preciso acabar com isso de uma vez / Pois quase sempre você brinca no talvez / E eu só digo sim / Fico tentando me enganar / Mas dessa vez a sua indiferença mostra que você / Não gosta mais de mim / Não gosta mais de mim / Não gosta de mim".
Quando os versos de uma música de arrocha começam a fazer pleno sentido em sua vida, é um forte indício de que você está no fundo do poço, e já está mais do que na hora de voltar para a superfície.
Sério, isso.
Quando os versos de uma música de arrocha começam a fazer pleno sentido em sua vida, é um forte indício de que você está no fundo do poço, e já está mais do que na hora de voltar para a superfície.
Sério, isso.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Como sabotar um exame
A espirometria é um exame simples. Você põe um tubo na boca, inspira e expira com o máximo de profundidade que conseguir, em diferentes velocidades. Até aí, nada demais. Mas como as coisas mais toscas do mundo foram inventadas pra acontecer exatamente comigo, claro que isso não poderia ser tão fácil!
Lá estava eu, pronta para a tal espirometria. Sentada em postura correta, com o tubo na boca, e uma simpática técnica dando orientações e auxílio. Primeiro, era só expirar. E lá ia eu, soltando o ar na intensidade que ela mandava. "Mais rápido!!! Agora bem devagar..." . Uma, duas, cinco vezes. Tudo bem até que chegou a hora de inspirar. Empolgada como líder de torcida organizada em dia de jogo, a senhora me dava "incentivo" gritando: Chupa!!! Chupa com força!!! Chupa com toda a força!!! Vai, chupa tudo! Gritava alto, e eu tinha certeza que as pessoas do lado de fora da sala estavam ouvindo aquilo. E era impossível conseguir sugar o ar do jeito que ela queria, porque sempre vinha uma risada atrapalhar o processo. Foram 12 vezes. E em nenhuma eu consegui fazer direito. E ela a dizer que eu era "muito fraca". Pedi que ela me deixasse fazer sem os gritinhos de apoio, ela disse que já tinha muita experiência naquela função, e sabia que se não gritasse, ninguém se empenhava em "chupar direito".
Depois de muitas risadas e pensamentos toscos, saí da salinha de cabeça baixa, pra não ver os olhares curiosos das pessoas na sala de espera. Voltei pra casa rindo de mim, e pensando no resultado desse exame. Se meu fôlego já não é lá muito bom, imagine que beleza vai ser dessa vez...
P.S: Essa história só foi publicada atendendo a pedidos constantes de Alex.
Lá estava eu, pronta para a tal espirometria. Sentada em postura correta, com o tubo na boca, e uma simpática técnica dando orientações e auxílio. Primeiro, era só expirar. E lá ia eu, soltando o ar na intensidade que ela mandava. "Mais rápido!!! Agora bem devagar..." . Uma, duas, cinco vezes. Tudo bem até que chegou a hora de inspirar. Empolgada como líder de torcida organizada em dia de jogo, a senhora me dava "incentivo" gritando: Chupa!!! Chupa com força!!! Chupa com toda a força!!! Vai, chupa tudo! Gritava alto, e eu tinha certeza que as pessoas do lado de fora da sala estavam ouvindo aquilo. E era impossível conseguir sugar o ar do jeito que ela queria, porque sempre vinha uma risada atrapalhar o processo. Foram 12 vezes. E em nenhuma eu consegui fazer direito. E ela a dizer que eu era "muito fraca". Pedi que ela me deixasse fazer sem os gritinhos de apoio, ela disse que já tinha muita experiência naquela função, e sabia que se não gritasse, ninguém se empenhava em "chupar direito".
Depois de muitas risadas e pensamentos toscos, saí da salinha de cabeça baixa, pra não ver os olhares curiosos das pessoas na sala de espera. Voltei pra casa rindo de mim, e pensando no resultado desse exame. Se meu fôlego já não é lá muito bom, imagine que beleza vai ser dessa vez...
P.S: Essa história só foi publicada atendendo a pedidos constantes de Alex.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
+
Estou numa fase de só querer o que é bom. Se o que você tem a oferecer é ruim, esqueça, eu não vou aceitar.
Não que eu esteja cega para a realidade. Muito pelo contrário, justamente por conhecê-la tão bem é que percebi que só vale a pena levar o melhor. Do resto eu não preciso.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Tic tac...
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Calma
"Deixe que o beijo dure /Deixe que o tempo cure / Deixe que a alma /
Tenha a mesma idade / Que a idade do céu..."
(Moska)
Tenha a mesma idade / Que a idade do céu..."
(Moska)
Respirar fundo é preciso. Exercitar a calma tem sido uma experiência bem interessante, até porque nunca fez parte da minha personalidade, e é incrível como já me surpreendo com algumas atitudes que tomo. Ainda estou em fase de adaptação, com colapsos de vez em quando, mas me esforço muito pra conseguir voltar ao normal rapidamente. Sei que é é um longo caminho, mas estou disposta, porque fiquei muito orgulhosa de mim mesma por esses dias, quando controlei um acesso de raiva dos grandes. Acredite, se eu consegui, qualquer pessoa consegue.
sábado, 17 de janeiro de 2009
Maysa
"Meu mundo caiu" e "Ouça" estão na trilha sonora da minha vida desde sempre, de tanto minha vó cantarolar, e em seguida fazer os mesmos comentários sobre os olhos de Maysa e sobre a pobreza musical de hoje em dia. Eu adoro biografias, e lendo da vida de Vera Verão à de Humphrey Bogart, passei por Maysa. E achei ótima! A bad girl da época. Rica, famosa, irônica, bêbada, com mais instinto de liberdade que instinto maternal, cheia de dores de amor e sempre com muito delineador nos impressionantes olhos verdes, os lindos "oceanos não pacíficos" que apaixonaram meio mundo. Heleninha Roitman é para os fracos, Maysa bebia whisky e se enchia de anfetaminas, cantava cambaleante, fazia o que queria, dizia o que pensava e era inimiga íntima da imprensa. Hoje nós temos Amy Winehouse, é verdade, mas imagine este comportamento nas décadas de 60 e 70.
Então, um belo dia Manoel Carlos resolveu escrever sobre a "rainha da fossa", e aí veio a minissérie "Maysa - Quando Fala o Coração", dirigida por Jayme Monjardim, filho único da cantora em questão. O filho que ela deixou sob os cuidados dos avós e em seguida levou para um internato na Espanha, onde ele ficou até o fim da adolescência. E ele foi corajoso de contar a história dela, que acaba sendo um pouco da dele também. Já ouvi um monte de gente dizer que Maysa era uma mãe desnaturada, piriguete e desvairada. Era? Como é que a gente pode se dar o direito de dizer isso, quando o filho, que deveria ser o mais revoltado com o comportamento dela, mostrou o perdão por entender que aquele era mesmo o jeito da mãe, e encerrou a série com um capítulo emocionante? Se você não assistiu, vale procurar na Globo.com, no Youtube, ou esperar sair em DVD, porque foi um belo trabalho, com figurino incrível e lindos cenários, além de ser parte da história da boa música brasileira.
Então, um belo dia Manoel Carlos resolveu escrever sobre a "rainha da fossa", e aí veio a minissérie "Maysa - Quando Fala o Coração", dirigida por Jayme Monjardim, filho único da cantora em questão. O filho que ela deixou sob os cuidados dos avós e em seguida levou para um internato na Espanha, onde ele ficou até o fim da adolescência. E ele foi corajoso de contar a história dela, que acaba sendo um pouco da dele também. Já ouvi um monte de gente dizer que Maysa era uma mãe desnaturada, piriguete e desvairada. Era? Como é que a gente pode se dar o direito de dizer isso, quando o filho, que deveria ser o mais revoltado com o comportamento dela, mostrou o perdão por entender que aquele era mesmo o jeito da mãe, e encerrou a série com um capítulo emocionante? Se você não assistiu, vale procurar na Globo.com, no Youtube, ou esperar sair em DVD, porque foi um belo trabalho, com figurino incrível e lindos cenários, além de ser parte da história da boa música brasileira.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Run baby, run.
Eu sou uma péssima administradora de tempo. Sempre acho que os momentos de lazer passam rápido demais, e as obrigações demoram horrores. Mas agora tem sido diferente, bem diferente. Por favor, alguém pare o mundo só um instantinho, porque eu quero descer. Quero uma longa pausa num lugar bonito, sem telefone tocando nem e-mails pra responder. Quando eu descansar, subo novamente e volto a essa maluquice que é viver. Eu sabia que esse mês seria corrido, mas não contava com minha pouca habilidade pra fazer com que as 24 horas de um dia sejam o suficiente. Sério, eu pagaria por umas três horas extras hoje. O dia ainda está na metade, a semana mal começou, e já estou cansada. Como é que pode isso? Alguém pode me ensinar a otimizar meu tempo, ou terei que fazer um curso online? Pensando bem, é melhor eu gastar esse tempo com algo mais bacana...
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Fé na vida.
Isto não é exatamente um post. É um agradecimento ao Astral, que tem sido gentil e atencioso comigo. De verdade. Farei o possível pra continuar nessa sintonia.
Você tem dois pés pra cruzar a ponte.
Adequado.
Obrigada, obrigada, obrigada.
Raul Seixas - Tente Outra Vez
domingo, 4 de janeiro de 2009
Nossa (Nova) Língua Portuguesa
A gente passa anos estudando Português. E a vida inteira falando em Português. E ainda assim, quase ninguém domina a língua. Do "pra mim fazer" ao "eu tinha falo", todo dia se vê um festival de erros, não só por falta de leitura, mas também porque ô língua difícil! É regra demais pra decorar. Sem falar quando não existe regra... se mão, limão e alemão terminam em "ão", porque os plurais são mãos, limões e alemães? Se pescoço e poço terminam em "oço", porque a pronúncia dos plurais é diferente? E haja memória pra decorar concordância, regência, verbos, pontuação, acentuação etc., etc., etc..
Como se não bastasse tudo isso, inventam de unificar a Língua Portuguesa. Tá formado o samba do crioulo doido. E quem já não hesitava na hora de usar ou não o hífen, agora precisa procurar um novo dicionário antes. Quando é que vamos nos acostumar com as jiboias, voos, ideias e enjoos, como se nosso teclado estivesse quebrado? Nem tão cedo, porque a gente escreve assim sem acento, e o Word manda corrigir, o Firefox também. E o pára-quedas, que era pra evitar as quedas, agora e paraquedas, que pra mim parece ter exatamente o sentido contrário de sua função. Paraquedas é para cair. Que hífens permanecem? Além de micro-ondas, onde mais ele vai? Vamos ter que adivinhar? Ou decorar todas as palavras, como decorávamos a tabuada na 1ª série?
Achei péssimo, isso, e acho que serei como o pessoal alfabetizado antes da outra reforma, que até hoje escreve "mêses" e "surprêsa". E eu que pensava que as reformas serviam pra melhorar as coisas....
Como se não bastasse tudo isso, inventam de unificar a Língua Portuguesa. Tá formado o samba do crioulo doido. E quem já não hesitava na hora de usar ou não o hífen, agora precisa procurar um novo dicionário antes. Quando é que vamos nos acostumar com as jiboias, voos, ideias e enjoos, como se nosso teclado estivesse quebrado? Nem tão cedo, porque a gente escreve assim sem acento, e o Word manda corrigir, o Firefox também. E o pára-quedas, que era pra evitar as quedas, agora e paraquedas, que pra mim parece ter exatamente o sentido contrário de sua função. Paraquedas é para cair. Que hífens permanecem? Além de micro-ondas, onde mais ele vai? Vamos ter que adivinhar? Ou decorar todas as palavras, como decorávamos a tabuada na 1ª série?
Achei péssimo, isso, e acho que serei como o pessoal alfabetizado antes da outra reforma, que até hoje escreve "mêses" e "surprêsa". E eu que pensava que as reformas serviam pra melhorar as coisas....
Sex and The City
Janeiro será um mês corrido, profissionalmente falando. A partir de amanhã é só stress, mas pra começar o ano sossegada, resolvi ver temporadas completas de Sex and The City. Eu não tenho paciência pra acompanhar séries, isso é fato. Mas Sex and The City sempre me agradou, primeiro porque posso assistir aleatoriamente, sem me perder, depois porque oi, eu sou mulher, e todas as mulheres passam pelas mesmas situações, aqui ou em Nova York. Não tem como assistir sem lembrar de fatos ocorridos comigo ou com as minhas amigas. Sério, todos os grupos de amigas são tão iguais, ou só as minhas parecem ter saído de um episódio? Os mesmos problemas e questionamentos, mas sem o charme dos vários pares de Manolo Blahnik em nossos closets. Infelizmente.
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